NAVE Tijuca - Núcleo Avançado de Educação

Rio de Janeiro – RJ – 2007
cliente: Oi Futuro
área construída: 8.600 m²

Em maio de 2008, foi inaugurado o NAVE (Núcleo Avançado em Educação – Colégio Estadual José Leite Lopes), na Tijuca, um centro de pesquisa e inovações, voltado para busca de novas soluções de ensino, e um espaço para exposições e seminários. Resultado de uma parceria do o Oi Futuro com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, conta com metodologias de aprendizagem baseadas nas tecnologias de informação e comunicação. O objetivo é preparar jovens para profissões modernas como de roteiristas, programadores, designers e gestores para atuar em TV digital, internet, celular e jogos eletrônicos. A proposta iniciou na identificação das áreas que permanecerão ocupadas tecnicamente pela Cental Telefônica existente e na ocupação de seus vazios para o novo programa escolar.

Então nosso conceito se fundamenta na ocupação e na apropriação destes vazios, afim de fazer da edificação existente um único espaço, mantendo as mesmas premissas de ocupação em seu interior e exterior, e destacando a nova intervenção na edificação existente.

O processo de ocupação destes vazios segue uma lógica de acesso ao edifício e suas funções, destacando formas, cores e linguagens diversas que farão a comunicação entre as partes espaciais e novas funções programáticas, divididas em setores.

Para isso, organizamos o programa proposto nos seis pavimentos existentes e três mezaninos. A logica de distribuição deste programa nos andares, obedece a critérios de acessibilidade, objetivando a devida organização espacial sem onerar financeiramente a proposta de ocupação dos mesmos. Pensamos que assim, o edifício existente passaria a funcionar como um plano de fundo às novas intervenções e ações do programa Oi Cultura Digital que invadirá seu interior e se destacará ocupando seus vazios e gerando ao conjunto uma nova dinâmica de ocupação e linguagem arquitetônica.

A chegada ao complexo é composta por uma cobertura metálica que invade o interior do terreno e compõe a fachada da escada metálica proposta. Esta escada se configurará como principal acesso de alunos, funcionários e professores aos andares, além de obedecer a critérios técnicos para o escape do edifício. Como sua inserção ao volume principal do edifício é inevitável tecnicamente, ela acompanha formalmente e graficamente a nova linguagem introduzida ao edificio existente.

A chegada da escada nos pavimentos se dá estrategicamente na junção dos dois blocos existentes, ordenando objetivamente a distribuição do fluxo de pessoas nos andares, além de criar espaços de estar e de “encontros”.

Os acessos principais a NAVE e a Central Telefônica são realizados pela Rua Uruguai, porém são entradas independentes para as duas funções que possuem necessidades distintas. Esta postura tornou estes usos mais adequados e fez as áreas técnicas mais restritas ao acesso de pessoas não autorizadas.

Na Rua Santa Maria Rosselo se dá o acesso de serviço a escola, justificando o posicionamento da cozinha, refeitório, e áreas técnicas de serviço, concentradas nos níveis das ruas circundantes ao complexo. Este nível corresponde ao (+3,07m), onde também encontram-se as áreas de acesso público, como auditório, exposição, cyber café e refeitório.

O primeiro pavimento nível (+6,07m) é composto por área administrativa da escola, Oi Futuro, ambientes de estudo, sala de TV digital e algumas salas de aula. Deste andar até o oitavo (nível +19,61m) estão localizadas as salas de aula, laboratórios e demais atividades da área educacional.

A cobertura do edifício (nível +21,94) foi ocupada para o lazer. Nela encontram-se a quadra poliesportiva, um jardim e uma sala para atividades extraclasse.

Em clara referência às atividades realizadas no local, a fachada foi transformada em uma intervenção de arte urbana com a inserção de um painel de 18 m x 18 m, que veste parte do edifício pré-existente e que é substituído periodicamente. Os próprios alunos da escola participam anualmente de um concurso para definir o desenho que será instalado neste painel.

Assim, pretendemos com o desenvolvimento deste projeto proporcionar ao edifício uma condição ímpar a seu entorno imediato, fazendo deste complexo um foco urbano que se comporta positivamente, de maneira a participar da vida cotidiana da cidade e de seus usuários, fazendo da ocupação cultural de um conjunto de edifícios sem vida a motivação para a mudança de um sistema educacional constante.

 

 

http://www.archdaily.com/90578/escola-nave-atelier-oficina-de-arquitectos/
http://www.revistaau.com.br/arquitetura-urbanismo/199/imprime187526.asp

 

 

 

 

Equipe:
Marco Milazzo
Sara Jorge
Gustavo Rosadas
Ana Paula Polizzo
Tom Caminha
André Thurler
Gustavo Martins
Yasmim Pinheiro Assade
Beatrice Reglieri