Museu do Louvre em Abu Dhabi – Jean Nouvel

A “micro-cidade” flutuante assinada por Jean Nouvel
Texto de Roberta dragone – www.archiportale.com

O trabalho começa no Louvre de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Com a colocação da primeira pedra simbólica pelo Presidente francês Nicolas Sarkozy e o Princepe de Abu Dhabi Sheikh MohammedbBin Zayed Al Nahyan, começou em 26 de maio deste ano, o processo de urbanização da ilha de Saadiyat. Assinado pelo arquiteto francês Jean Nouvel, o plano para o museu parisiense inaugura a ambiciosa intervenção desenhada para transformar a impressionante faixa de areia branca, a apenas 500 metros de distância da costa de Abu Dhabi, em uma região de destino turístico e residencial.

O “Louvre do Deserto”, como foi apelidado por alguns, é o primeiro de vários projetos de arquitetura internacional assinados para moldar o futuro do distrito cultural Ilha de Saadiyat. A capital dos EAU terá também o seu próprio Guggenheim, o museu de arte contemporânea concebido pelo americano Frank Gehry, o Museu Marítimo de Tadao Ando, o Performing Arts Center da arquiteta anglo-iraquiana Zaha Hadid, e ainda o Museu Nacional Sheikh Zayed assinado por Foster + Partners, um museu dedicado à história e tradição árabe.

Inspirado pela paisagem natural do entorno, o novo Louvre desenhado por Jean Nouvel, será uma “micro-cidade flutuante” de 24 mil metros quadrados, projetado para abrigar um complexo de pavilhões, praças, becos e canais.

“A Ilha – comentou o estilista francês – oferece um panorama rígido, atenuado pelo encontro com o canal, conceituando a imagem desértica da Terra contra a fluidez da água. Isso tem estimulado a imaginação de uma cidade que queima no chão ou mergulha dentro da água.

Uma grande e baixa cúpula de 180 metros de diâmetro serve como uma cobertura para todo o complexo. Perfurado por numerosas pequenas aberturas, como um grande pergolado que permite a passagem de luz natural, e ao mesmo tempo mantendo um bom clima no interior.

“O edifício – diz o autor do projeto – é coberto por uma grande cúpula, uma forma comum a todas as civilizações. É uma cobertura transparente que permite a entrada de uma luz mágica . A água desempenha um papel importante, refletindo todas as edificações e com a ajuda do vento, criando um micro-clima confortável.”

A conclusão dos trabalhos para os quais foi estimado um custo total de cerca de 76,5 milhões de euros, é esperado em 2013. Mas somente em 2018 se dará a transformação definitiva do bairro cultural.

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https://www.archdaily.com/883157/louvre-abu-dhabi-atelier-jean-nouvel