Casa Museu Eva Klabin

Rio de Janeiro – RJ – 2020
Cliente: Fundação Eva Klabin
Área construída: 1.676,00 m²

A casa que abriga a Fundação Eva Klabin (FEK), na qual a colecionadora Eva Klabin viveu por mais de 30 anos, foi concebida na década de 1930, tendo sido bastante ampliada posteriormente, na década de 1960, pela proprietária, a fim de criar uma casa mais ampla e confortável para seu uso, bem como para abrigar as obras de arte que já faziam parte de sua coleção particular. Um terreno contíguo a casa original foi por ela comprado para possibilitar as ampliações.

Vários novos volumes arquitetônicos foram criados mas, com a intenção de manter o estilo “Normando” original, a proprietária reproduziu nestes novos volumes os telhados inclinados e as esquadrias de madeira pintadas de marrom pertinentes ao estilo.

Antes de falecer, Eva Klabin criou a fundação cultural que leva o seu nome e que possui um dos mais importantes acervos de arte clássica do país, distribuído por diversos ambientes da casa-museu. Outros ambientes da casa, que não compõem o circuito expositivo e que originalmente eram áreas reservadas aos empregados da residência, abrigam hoje as instalações para serviços e funcionários, necessários ao funcionamento do museu, que é aberto ao público.

Quando Eva Klabin decidiu criar uma Fundação, em 1990, foi impulsionada emocionalmente pelo desejo de deixar para a população do Rio de Janeiro sua casa e sua coleção, sem avaliar técnica e profissionalmente as implicações do impacto de transformar uma residência em museu, nem os ajustes necessários.  O resultado foi que com o crescimento positivo do mundo museológico no Brasil nestes últimos 24 anos, assim como a profissionalização da Fundação Eva Klabin como instituição e a oferta crescente de atividades culturais como visita guiadas, exposições, ações educativas, concertos musicais, conferências e palestras; o espaço da fundação, que antes era suficiente para atender uma residência, deixou de ser viável para atender um equipamento cultural cuja circulação de pessoas e funcionários aumentaram imensamente.

Acessibilidade

A casa de Eva Klabin hoje apresentava diversos desníveis de piso internos e externos, vencidos por escadas e degraus, e apesar de existir um elevador, ele não atende às normas de acessibilidade. O projeto apresenta algumas soluções de mudanças de pisos, retirada de degraus, substituição por rampas, e instalação de corrimãos. Para garantir total acessibilidade a todos os pavimentos e áreas expositivas, também estão sendo propostos um elevador e plataformas elevatórias. 

A implantação do elevador, para garantir a maior acessibilidade a todos os níveis da casa, e ao mesmo tempo intervir o mínimo possível na sua volumetria, está sendo projetado na entrada lateral da casa, como um volume sólido parcialmente panorâmico.

Ampliação da Fundação

O crescimento e profissionalização da Fundação Eva Klabin como instituição e da sua oferta de atividades culturais como visita guiadas, exposições, ações educativas, concertos musicais, conferências e palestras; o espaço da fundação, que antes era suficiente para atender uma residência, deixou de ser viável para atender um equipamento cultural cuja circulação de pessoas e funcionários aumentaram imensamente.

Nesse sentido se fez necessário aumentar a área da Fundação para abrigar espaços mais adequados para o funcionamento das atividades, e também incluir na casa espaços para exposições temporárias, atividades educativas e de pesquisa.

O terreno da casa de Eva Klabin possui 146 metros de profundidade, avançando sobre o morro do Cantagalo, porém a casa ocupa somente os 60 metros frontais do terreno, além de uma construção em anexo nos fundos, destinada originalmente aos dormitórios dos empregados da casa. O restante do terreno, de difícil acesso sobre o morro, não foi utilizado.

O projeto de ampliação propõe uma nova construção nos fundos do terreno. O segundo pavimento da casa seria ampliado e conectado aos antigos dormitórios anexos, criando um grande espaço com pé-direito de 5 metros, destinado à galeria de arte contemporânea.

O terceiro pavimento da casa seria conectado através de uma passarela à uma nova construção sobre o morro. Atualmente, a casa abriga diferentes usos da Fundação: Exposição, Serviços, Administração, Sala de Concertos, Reserva Técnica etc. Com a nova construção, a administração e parte dos funcionários desocuparia a casa, e teríamos uma ocupação maior da casa por áreas públicas.

Atualmente o terceiro andar da casa é privado, totalmente ocupado pela administração e reserva técnica. Com a reforma e ampliação, o terceiro andar seria destinado à biblioteca e setor educativo, juntamente com uma nova reserva técnica.

Equipe:
Marco Milazzo
Jéssica Fires
Mel Martins
Isabella Mendes
Mikaela Gameleira